A linha tênue entre dois tempos mágicos nos faz refletir… Crianças e idosos tem em comum: um sorriso solto, a liberdade, o tempo livre, a imaginação, o ar… Confundem-se pela inocência, misturam-se pela essência. São partes de nós. Fomos e somos crianças e seremos (se assim Deus permitir) idosos. crianças são inícios… Idosos também. Inícios que se complementam, inícios de novas vidas, novas etapas. Nos proporcionam sabedoria, cada um no seu tempo, ritmo, passo… Aprendemos com eles: com as expertices das crianças, o valor do sorrir do brincar e os idosos nos mostram a força e sabedoria do viver, do amar… Ensinam sobre as etapas da vida, sobre as histórias colhidas no vento e a calma do caminhar… Crianças são ansiosas, idosos não. A ansiedade se dilui com o tempo e transforma-se no presente, um dia por vez. O tempo ensina a andar com passos diários, sem pressa, em doses homeopáticas. E a criança, brinca de pula, pula com o presente, sem pensar no futuro ela abraça o presente com a alegria da alma. O idoso, lembra do passado e sorri com agora, e tal qual uma criança, não têm preocupações com o futuro. Que possamos amá-los no hoje! Abolindo a indiferença, aquela que agride, marca, que ofende, maltrata tanto crianças, quanto idosos… Que sejamos um só: com olhos curiosos, esperançosos e sabedoria de quem muito tem a ensinar. Cecília Meireles nos diz: […] Já não se morre de velhice/ nem de acidente/ nem de doença / mas, Senhor, só de indiferença. A criança se distrai brincando com o tempo e o idoso nos ensina (com a sabedoria de quem teve a companhia do tempo) a verdadeira essência da eternidade.