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Gosto destas coisas
imprevisíveis
acontecendo no gerúndio –
pegadas soltas que
espreitam pistas e
vestígios.
Qualquer skatista surfando em rios de asfalto,
qualquer poeta em teclados,
poetando palavras,
sem a pretensão de escrever
“A Poesia”.
Pequenos poemas transeuntes,
vão expressando a veracidade
possível de qualquer alma de artista.
A poesia, como a vida,
vai acontecendo,
se tornando
versos e acontecimentos.
Nunca está pronta.
Encadeamento de rios e
suas curvas,
hora tranquilas e claras,
noutras turvas e em fúria.
Em Gerúndio se faz a vida,
momento a momento;
os rios assim se fazem,
o skatista,
as nuvens,
o poeta e a sua alma de artista.
Autora:
Jussara Regina – Deva Kirtan
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